domingo, 13 de junho de 1982

Viagem pelo infinito da imaginação

Na nossa viagem pelo infinito,
Encontramos tudo que há de belo no universo,
Das flores com mais perfume,
Aos pássaros mais bonitos,
Pois no mundo da imaginação,
Desabafo tudo que sinto,
Sem ter medos ou receios,
Nem cumprir o que está escrito.
Neste mundo,
Onde dizem haver igualdade,
Mas que é apenas dos ricos.
Nesta viagem encontramos uma estrela perdida,
Sem brilho, vagando na escuridão,
Perguntamos o que tinha lhe acontecido,
Ela tinha sido vitima,
De um tipo de sociedade,
Que muito tem a ver com a nossa,
Cheia de ambições, falta de sentimentos e opressões,
Pedimos que ela nos acompanhasse,
Pis como nós, ela não tinha onde ficar,
E assim continuamos,
Em marcha muito lenta,
Viajando, viajando, para nunca mais voltar.

Roberto 82
Bruno Ramalho Cavalcante Montenegro

Perfeita

A noite perfeita,
Apenas ao longe uma música a tocar,
Ela me faz recordar,
Momentos bons que tivemos,
Que passamos a nos amar.
Lembro de você,
Do seu rostinho tão lindo,
Dos seus olhos meigos,
Tão ansiosos a me olhar.
Amei-te aquela noite,
Estou te amando agora,
Apenas um pouco diferente,
Mas talvez,
Com mais intensidade,
Mais emoção do que naquele dia,
Pois você comigo não está,
E tenho que te imaginar
Para depois te amar,
Isso duplica meus sentimentos.
Penso em você,
Te amo a cada momento,
Tua voz não me sai da cabeça,
Teu corpo, tuas mãos, teus lábios,
Tudo em minha mente se reproduz,
E agora, mais perfeitos do que nunca,
Te fazendo completamente ideal,
E assim te amo, e a noite passa...

ESPERANÇA

Tão pouco me afasta da felicidade,
Mas, por mais pequeno
que seja o meu problema,
ninguém pode me ajudar,
ou pode!
Mas quem pode,
Conosco não está,
Mas ao mesmo tempo está,
Mas, com ele, é muito difícil falar
E as vezes é tão fácil,
Basta apenas ser humilde,
E a Ele pedir,
E Nele confiar,
Por isso, o pouco que me falta,
Não me desesperarei pra conseguir,
E assim,
A minha vida vou levando,
E feliz o meu caminho,
Eu vou seguir.

Roberto 82

ESPERA

Parou...
Sim, o tempo parou para mim,
Nada pra mim faz mais sentido,
“viver, já nada mais significa”
Porque as cores desapareceram?
Sim, elas desapareceram,
Desapareceram das flores,
Dos pássaros, do arco-íris,
Tudo foi encoberto,
Encoberto por uma nuvem escura,
Que assola meu pensamento,
Que veio vindo, veio vindo,
E penetrou na minha mente,
Mente confusa, atordoada,
Atordoada pelas desigualdades dessa vida,
Porque o meu direito de viver acabou?
Porque não consigo mais encontrar a felicidade?
Felicidade? Ah!
Será que um dia eu já a conheci,
Se um dia eu a conheci,
Deve ter sido muito rápido,
Pois nem cheguei a percebê-la,
Mais não importa,
Mesmo assim eu vou levando a vida,
Esperando o tempo passar,
Esperando que a felicidade,
Bata em minha porta,
E comigo venha a se encontrar.

Roberto 82

ADEUS

É tarde,
A noite me atormenta,
Não consigo dormir,
Penso em ti,
Aumenta a desilusão,
Não posso te possuir,
Não te pertenço mais,
Procuro algo pra te esquecer,
Tento imitar os filmes,
Vou um cigarro acender,
Mas me lembro que não fumo,
E mais aumenta minha insônia.
Procuro refúgio na bebida,
Ela me alivia um pouco,
Mas nunca por completo,
Só você me completaria,
Uma, duas, três horas se passam,
Uma luz começa a clarear,
Iluminando a minha janela,
Me chamando para a vida,
Livrando-me do pesadelo,
Aliviando-me um pouco,
Mas por pouco tempo eu sei,
Pois outras noites virão,
E sozinho sem seu calor,
Pra me aquecer do frio da madrugada,
Nunca descansarei, e acharei a paz que procuro,
Que se acha perdida numa frase,
Uma palavra mal pensada...
... Adeus.

Roberto 82
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