quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Diário Pessoal

Quando vemos o tempo que perdemos na vida, e quanto de nossos sonhos foram deixados de sonhar, tenho que te dizer que há uma solidão em mim, solidão esta que teima em te te dizer palavras de amor que lembram de um passado que nunca será futuro.
Palavras que falam de um amor que já não tem esperanças, mas, que se apega as lembranças para não chegar ao fim, e mesmo que meu olhar brilhe à cada pequeno gesto teu, e que este olhar seja eterno no meu amor, ele já não te pede mais nada, ele já não espera mais nada, apenas te contempla, como um menino contempla em uma vitrine um brinquêdo, que nunca será seu, mas ele em seu pensamento, consegue alcançá-lo e brincar com ele. È assim esse amor, amor eterno, como eterno deveria ser todos os amores verdadeiros; amor que se doa, amor que entrega, amor que necessita que o outro esteja feliz para estar feliz também. Sei que não entendes esse amor, e não podes imaginar a intensidade de um amor assim, amor que supera a falta de amor do outro, que é suficiente para completar a lacuna inexistente do outro amor. Este é o meu amor, que não te pede nada em troca, mas que te ama assim mesmo, e continuará te amando pra sempre.
Roberto 05/10/2006

terça-feira, 13 de junho de 2006

Apenas um sonho ruim


         Vamos lá, tudo começa quando em meu apartamento, estávamos testando uma supermáquina que acabava de comprar (um micro), eu e um amigo que por motivos pessoais gostaria de não citar nomes, foi quando ele me falou de umas meninas que ele conhecia, que adorariam passar a tarde conosco para nos divertimos, ele falou que era duas “gatas”, uma morena linda de cabelos longos, e uma amiga dela que de certa forma era uma dessas pessoas que sem nenhuma cerimônia, estariam dispostas a passar uma tarde inesquecível conosco, mal sabia eu, o que esta tarde estava me reservando!.
         Pedi a ele mais detalhes sobre as meninas, ele me falou que uma delas (a morena), estudava em um colégio com um nome que não me recordo agora, sei que o nome dele tinha a ver com uma construção religiosa e algo selvagem, (e tudo que me lembro), a outra ele não conhecia muito bem, só que ela era loira (pelo menos na aparência), mas, enfim, isso não importa agora, os fatos que se seguem é que são importantes.
         Eram, perto das quatro horas da tarde quando ele ligou para a morena, e convidou-a para vir ao meu apartamento, disse que, seria bom que ela trouxesse uma amiga, (amiga esta a qual ele estava interessado), ela topou e pediu que ele as fossem buscar, combinamos que enquanto ele pegava as meninas eu iria comprar umas garrafas de vinho e uns salgados para a gente fazer uma festinha particular, deixei ele com uma chave para que se ele chegasse primeiro, pudesse acomodar as meninas e as distraísse enquanto eu não chegava.
         Quando eu voltei, ele já tinha chegado e estava na sala com a loira assistindo um DVD na sala de som, fiz uma breve avaliação da menina, nada de especial, apenas uma garota comum, dessas do tipo que seriam capazes de fazer anúncios de Coca-Cola em uma mesa de um barzinho como se estivesse vendendo champanhe francês (não sei porque essa comparação, mas tudo bem), perguntei sobre a amiga, e ela me falou que ela estava no meu quarto, se divertindo em meu micro, acrescentou também que ela já estava bem a vontade, (e bote a vontade nisso, se é que vocês me entendem), antes de mais nada, queria ressaltar que isto não é um relato erótico, como, alguns devem já estar pensando a esta altura. Vale a pena dizer, que nem eu nem a morena não nos conhecíamos até aquele momento, (triste engano, como vocês poderão notar a seguir), ao entrar no quarto, ela estava lá de costas para mim, voltada para o micro, vestindo apenas uma sandalinha.
         Ao ver aquela silhueta meu corpo, estremeceu e senti uma dor muito forte em meu peito, algo ali parecia muito familiar, aqueles cabelos, aquele tom de pele, algo estava errado, ela se vira, e, então a terrível constatação, era ela, a única pessoa que eu amava nesta vida, alguém pela qual eu daria minha vida se fosse preciso, ficamos por alguns momentos estáticos, e sem saber o que falar e o que dizer daquela situação, foi, então que alguma coisa se desmoronou em mim e comecei a chorar, não, pelo que eu  ia perder naquela tarde, mas sim, pelo que meu coração ia perder talvez sem reparos para sempre, aquele momento era o momento que eu sempre esperei na vida, mas, que acontecia de uma maneira que eu jamais aceitaria em minha vida, sem amor, sem emoção, sem vida. Então, acordei assustado e por incrível que pareça chorava igual a uma criança, que no dia do seu aniversário recebe o brinquedo que sempre quis, mas que veio com um defeito de fábrica, e ele jamais iria brincar com ele.
         Dizem que os sonhos talvez sejam a mentalização de um desejo reprimido, ou um aviso, premonição, seja como for esse foi um sonho ruim, sonho que eu jamais queria que se realizasse, não dessa maneira.
         Quaisquer semelhanças com fatos, pessoas podem ser apenas coincidências (ou não!).
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